Pode ser que você esteja usando uma destas perguntas constantemente para encontrar um significado para sua vida, ter uma vida mais cheia de sentido, uma vida com propósitos e não só um propósito de vida.
Percebo que quando desejamos entender um fato ou ocorrência, ou ainda saciarmos nossa curiosidade, perguntamos: Por que?
Sinta se isso faz sentido pra você:
Eu acredito que esta pergunta é muito usada sobretudo quando o que ocorreu nos deixa incrédulos, inconformados, desapontados ou algo do gênero.
Diante do que vivenciamos muitas vezes perguntamos a nós mesmos:
Por que isso ocorreu?
Por que isso está acontecendo comigo?
Por que as coisas são assim?
Para mim estas perguntas muitas vezes trazem nas respostas um julgamento, uma interpretação e nem sempre um aprendizado, gastamos uma enorme energia para encontrar explicação, quando muitas vezes deveríamos agir na direção da consciência de nossa responsabilidade sobre o ocorrido e qual o aprendizado que tive para que não ocorra novamente, ou se ocorrer, tenha outro comportamento.
Tenho tido a oportunidade de exercitar e assim convidar as pessoas que interagem comigo, para ao contrário de se perguntarem Por que, experimentarem o Para que?
Acredito que o Para que? Possa trazer um significado, ou um aprendizado onde você possa ressignificar.
Para que isso ocorreu?
Para que isso foi ocorrer logo comigo?
Para que as coisas são assim?
Penso que estas perguntas nos impulsiona a descobrir qual o significado do que estamos vivendo, qual o sentido e qual o valor que dou para o que estou vivendo.
Ter uma vida com propósitos é uma necessidade humana, e tenho uma crença que mais importante do que ter as respostas, é fazer as perguntas que me proporcionem refletir sobre como me conhecer mais, como me desenvolver mais e com isso nortear minhas ações.
A humanidade deseja descobrir o que é preciso fazer para se ter uma vida feliz.
O Dr. Ed Dierner professor da Universidade da Virgínia nos USA rodou o mundo com sua equipe fazendo a seguinte pergunta:
Afinal, O que é mesmo importante?
Em minhas palestras tenho o hábito de perguntar as pessoas:
O que é a felicidade pra você? E depois de muitas respostas, emendo com outra pergunta:
Você age como uma pessoa feliz?
Existe uma tremenda diferença entre dizer que é feliz ou ter bem definido o conceito de felicidade e agir como uma pessoa feliz.
Como conhecer este sentimento, ou a sensação de estar ou ser feliz?
Só através da experiência, sentindo, agindo.
Que palavras são capazes de descrever a sensação de amar, de um pôr do sol inesperado, da realização de um sonho, da fragrância de um perfume inesquecível. Que palavras são capazes de comunicar os sentimentos provocados em uma mãe que segura pela primeira vez seu filho?
A alegria, a sensação de felicidade podem lhe tocar de milhares de formas, através de uma música maravilhosa, ou simplesmente saboreando seu doce predileto.
O detalhe é que uma vez sentido, não queremos nos desapegar, não queremos perder o sabor daquilo que nos fez sentir-se tão bem.
Ao contrário de se perguntar porque a tudo que acontece ao seu redor, pergunte para que?
Isso poderá colocá-lo no lugar certo, podendo assim, colocar em prática aquilo que lhe é nato: seus talentos.
Na mitologia grega, quando a deusa Calipso ofereceu a eternidade à Ulisses, ou seja, se tornar um Deus, a resposta dele foi: NÃO! Seguido de um grande aprendizado, que o Prof. da USP Clóvis de Barros Filho evidencia em suas palestras:
É preferível uma vida de mortal, uma vida de humano, vivida no lugar certo, do que uma vida de Deus no lugar errado.
Aceite meu convite e se pergunte:
Para que me encontro neste lugar?
Para que estou vivendo esta vida?
Para que faço o que faço?
Boa reflexão….
Artigo publicado em http://www.blogitk.com.br/por-que-ou-para-que/
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